sábado, 8 de fevereiro de 2025

Corações Invencíveis - 2 temporada

 capitulo 6: O Amor Sob Ataque ( parte 1)  



A viagem era curta, não levava muitas horas, mas mesmo com a noite apenas começando, Tadeu fez questão de acompanhar a filha. Seria uma ótima oportunidade para rever seu pai, Clóvis. Helena dirigia seu próprio carro, e um dos funcionários da fazenda seguia logo à frente com o carro dos patrões, garantindo mais segurança para o trajeto.
Dentro do veículo, a família conversava, tentando amenizar a tensão da despedida.
:_ minha filha, quando for pra voltar à noite, é preferível que venha de ônibus ou até mesmo de avião... Olha o perigo dessa estrada 
Helena, com um sorriso carinhoso, tentando tranquilizá-lo. Ela sabia que o pai se preocupava, mas também valorizava a própria independência. 
:_ ah papai em são Paulo eu quem dirijo 
:_ o certo é vir um homem com você. Seu avô, talvez... 
Helena, tentando cortar a preocupação com delicadeza, respondeu 
:_ na próxima vez , a Catarina e o Fernando vêm comigo. Assim é mais seguro. 
:_ é bom que mato a saudade de seus avôs
:_ O vovô até ia vir comigo, mas a vovó não quis. E pra não deixá-la sozinha, ele resolveu ficar. Mas é bom que vocês passem a noite com a gente, papai. Vai ser bom ter vocês lá. 
:_ vamos embora bem cedinho, filha. Amanhã é segunda-feira, dia de começar cedo... e eu não gosto de deixar a fazenda na mão de funcionário.

Clóvis mal conseguia esconder a alegria. Ver o filho Tadeu e a nora Amália chegando já era motivo de festa.  foi uma verdadeira surpresa — e daquelas que aquecem o coração. Seus olhos brilharam quando viu o filho  descer do carro, e o sorriso se abriu de um jeito que não se via há tempos.  Do outro lado, Assunção apareceu na porta com a expressão dura, como de costume. Cumprimentou Tadeu com um abraço rápido e seco, sem entusiasmo, mantendo a pose séria que já era conhecida por todos. Já Amália, com sua educação e simpatia de sempre, se adiantou
:_ boa noite ,gente
:_ boa noite , Amália
Helena, com o coração aquecido pelo reencontro com o avô, segurou a mão da mãe e a puxou com doçura
:_ vem mamãe, quero te mostrar meu quarto.
Tadeu se acomodou no sofá da sala, ajeitando-se com um suspiro discreto após a viagem. Quitéria, como de costume, apareceu com sua eficiência silenciosa e uma bandeja nas mãos. Serviu-lhe uma boa dose de café fresco 
:_ Quitéria 
:_ pois não , dona Assunção? 
:_ sirva meu filho 
:_ só um cafézinho , por favor 
:_ que alegria te ver aqui filho, Que bom que veio acompanhar nossa Heleninha. Veio pra ficar? 
:_ não, eu vim deixar Helena. não queria deixa-la vir sozinha essas horas da noite
:_ fez bem 
Assunção, que havia voltado a sentar-se em sua poltrona preferida, observava tudo com um certo distanciamento. Tadeu, ainda assim, manteve o tom cordial.
:_ A propósito, um funcionário de minha confiança está conosco.  espero que não tenha problemas
:_ Que nada, filho. Fique tranquilo, aqui todo mundo é bem-vindo. 
:_ casa de pai sempre é boa moradia
:_ Mas fique mais tempo conosco... 
:_ ah , pai... o senhor sabe que eu preciso cuidar da fazenda. Vim mesmo por precaução... e também pra te ver, claro.
Fez uma pausa, sorvendo o café, antes de perguntar com leve curiosidade
:_ A propósito, o senhor não quis viajar com a Helena? 
Clóvis respirou fundo e coçou o queixo, lançando um olhar de canto para Assunção, que fingiu não ouvir. Ele sorriu de canto, como quem entende muito bem os silêncios da casa.
:_ na próxima vez eu vou matar a saudade do meu filho E daquela fazenda que eu amo. Nada como o cheiro da terra e o silêncio do campo. 
Tadeu, emocionado com a fala do pai, encostou a xícara de café no pires com leveza e olhou com carinho para ele.
:_ conversei com Helena, e ela me contou que o senhor tem vontade de voltar pra fazenda. Pai, quando quiser… é só ir. A casa é sua, nossa família estará de braços abertos pra recebê-lo. E a senhora também, mãe… embora eu saiba que a senhora não se agrada muito da vida no campo.
:_ aquilo não é mais para mim, eu preciso da cidade grande. Do meu conforto. Da minha rotina. 
Clóvis manteve a calma, mas havia tristeza em sua voz.
:_ A gente se conheceu ali, Assunção. Justamente naquela cidadezinha que você tanto rejeita hoje.
:_ mas se quiser ir Clóvis pode ir , você já deu seu recado
:_ não vamos fazer isso na frente de nosso filho, ele veio nos ver e a nossa nora 



Helena conectou seu notebook e celular na internet enquanto ajeitava o quarto com carinho. Separou uma muda de roupas leves para Amália, colocando-as delicadamente sobre a cama. 
:_ a Quitéria já mandou preparar nosso jantar,  mamãe
Amália, sentada na ponta da cama, olhou para a filha com gratidão. 
:_ brigada minha filha, mas não quero incomodar 
Helena se aproximou, segurando as mãos da mãe com doçura.
:_ mamãe que isso? a casa é do vovô , e tadinho... ele tava com tanta saudade do papai. 
Amália olhou nos olhos da filha e, num sussurro baixo e cúmplice, comentou 
:_ sua avó ... é quem não muda. A arrogância continua a mesma, né? 
As duas riram baixinho, como quem compartilha um segredo antigo. 
 filha,  meu coração fica na mão de te deixar sozinha aqui
:_ eu tô com o vovô e assim que eu for para são Jorge ele vai comigo 

A noite estava serena e quente, com uma brisa suave entrando pelas janelas entreabertas da casa de Clóvis. A família se reuniu na sala de jantar para uma refeição simples, mas carregada de sentimentos. Helena não desgrudava da mãe — mesmo sem verbalizar, a saudade de Amália doía em seu peito. Ela se encostava no ombro da mãe, como se quisesse guardar aquele momento num lugar seguro do coração. Tadeu conversava com o pai, sentindo-se mais leve depois de revê-lo, e Clóvis parecia rejuvenescido com a visita do filho. Já Assunção mantinha o ar soberbo de sempre, sua postura ereta e o olhar altivo contrastando com o calor do ambiente familiar.
Quando a noite avançou e todos se recolheram para os quartos, Amália deu um beijo de boa noite na filha. Mas, ao se afastar, sentiu um aperto súbito no peito — uma fisgada forte, que a fez parar por um instante. Helena, atenta, percebeu algo diferente no olhar da mãe. 
:_ mamãe ?
:_ oi , filha
:_ você tá bem ?
:_ Tô sim, só... enjoada da viagem, acho que foi o cansaço. 
:_ quer ir ao hospital,  mamãe?
:_ não , meu amor... é bobagem. Dorme com Deus, meu amor 
:_ amém mamãe dorme com Deus
:_ te amo, florzinha
Elas se abraçaram mais uma vez, e então Amália entrou no quarto de hóspedes. Quando foi fechar a cortina da janela, seu olhar se fixou em algo estranho: um carro parado na rua, com os faróis apagados, mas visivelmente com alguém no interior.
Assustada, chamou Tadeu, que já se preparava para deitar.
:_ meu amor... vem ver isso, por favor. 
Ele se aproximou, olhou pela janela e soltou um suspiro tranquilo.
:_ Deve ser algum Uber esperando passageiro... São Paulo é cheio disso, amor. 
Mas Amália não se sentia convencida. Seus olhos continuaram fixos no carro parado. 
:_ Tadeu... meu amor, aquela sensação ruim voltou depois que abracei nossa filha. Não é melhor chamar a polícia? 
Tadeu a puxou para um abraço, tentando acalmá-la. 
:_ a casa do meu pai tem segurança, câmeras... e eu tô aqui. Nada vai acontecer com nossa menina, você só tá cansada. Foi um dia cheio.
Amália encostou a cabeça no peito do marido, mas a angústia não a deixava. Algo dentro dela apertava, um pressentimento forte que ela não conseguia explicar — como se uma sombra pairasse sobre o que deveria ser apenas uma noite tranquila.


Antes de dormir, Helena aproveitou para mandar uma mensagem para Otávio pelo WhatsApp. Já sentia saudade dele, mas estava certa de que todo aquele esforço, toda a distância, valeria a pena no futuro — para os dois. Ela sabia que estavam construindo algo sólido, mesmo separados fisicamente. Otávio também havia retomado os estudos e, mesmo distantes, faziam questão de se manter próximos. Um bom dia, um boa noite, uma chamada de vídeo — era assim que se protegiam da saudade. 

Enquanto isso, em outro canto da cidade, Luiz Fernando também estava se preparando para o início de mais uma semana. Desligou a televisão com o controle remoto, caminhou até a cozinha para tomar um copo de água e, ao voltar para o quarto, colocou o celular sobre a mesa de cabeceira. A tela do aparelho ainda marcava o horário: passava das 23h. Ele então apagou o abajur e se deitou. Mas o sono não vinha.  O quarto estava silencioso, confortável como sempre, mas algo dentro dele inquietava. A lembrança da conversa com Catarina naquela tarde martelava sua mente. A voz suave dela, com aquele jeito que misturava doçura e preocupação, voltava como um eco venenoso.
"Será que é possível que a Maitê tenha ou sinta algo por Renato?" murmurou baixinho, como se dissesse aquilo para convencer a si mesmo.
:_ não pode ser...
Não queria concluir o pensamento. Não queria acreditar na suposição que Catarina deixara no ar. Mas, ao mesmo tempo, confiava demais na namorada. Talvez demais. E isso o deixava dividido.

A noite parecia não passar para Bruno. Sentado na varanda, ele encarava o céu nublado enquanto os pensamentos o consumiam. Desde que soube que Cecília podia ser sua filha, seu mundo virou de cabeça para baixo.
Gabriela voltava à sua mente com força. O que haviam vivido ainda o afetava, e agora ele não sabia como equilibrar sua vida pessoal com essa possível nova responsabilidade.

Na manhã seguinte, Amália despertou bem cedo. Apesar do cansaço da viagem, seu corpo estava habituado à rotina da fazenda, onde o dia começava cedo. Escolheu uma roupa leve que Helena havia lhe presenteado recentemente, prendeu os cabelos em um coque simples e desceu com passos silenciosos até a cozinha. perguntou a Assunção se Helena já havia acordado e foi tratada com tanta rispidez 
:_ bom dia, Assunção
:_ bom dia 
:_ Vim tomar um cafezinho antes de voltarmos. Você sabe se a Heleninha já se levantou?
Assunção ergueu ligeiramente a sobrancelha e respondeu com aquele tom de desdém que já era costumeiro
:_ Helena acorda tarde. Aqui não é como na fazenda, onde se levanta com o canto do galo. 
Aquela alfinetada não foi surpresa. Ainda assim, o comentário era desproporcional, considerando a gentileza constante de Amália — uma mulher sempre cordial com todos. Mesmo assim, ela não demonstrou incômodo. Conhecia bem o jogo da sogra. Preferia responder com classe. 
:_ o café está uma delícia 
Logo em seguida, Clóvis entrou na cozinha, com um sorriso afetuoso no rosto, e foi seguido por Tadeu, que ao ver a esposa, inclinou-se para lhe dar um beijo carinhoso na testa. Depois, virou-se para a mãe e a cumprimentou com respeito. 
:_ bom dia mãe, como a senhora está?
:_ estou bem filho, e muito feliz que vocês vieram nos visitar . que bom seria se ficassem aqui conosco 
Amália apenas observou. Aquela mudança de tom não a surpreendia. Sabia que a sogra era capaz de colocar uma máscara diferente diante do filho. E mesmo após tantos anos de casamento, mesmo com uma neta já crescida, Assunção nunca superou o fato de Tadeu ter escolhido Amália.


Amália terminou de tomar seu café e, mais uma vez, agradeceu com um sorriso sincero nos lábios, elogiando a culinária da casa. Com os olhos brilhando e a voz embargada de emoção, avisou ao marido que subiria para dar um beijo em Helena antes de partirem para São Jorge. Tadeu , compreendendo o sentimento da esposa, beijou-lhe a mão com delicadeza. Um sorriso terno e um olhar carregado de empatia foram suficientes para que ela soubesse que ele entendia a dor silenciosa que sentia ao se despedir da filha. 
Amália subiu as escadas em passos leves, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Abriu a porta do quarto de Helena com todo o cuidado, esgueirando-se para dentro. A jovem dormia profundamente após uma semana intensa, e a mãe contemplou a cena com ternura: o cabelo liso espalhado no travesseiro, exalando o suave cheiro de shampoo, o pijama de algodão com rendas delicadas, trazendo um ar de inocência que tocava fundo o coração de Amália.  Aproximou-se da cama com passos lentos, sentindo o coração acelerar, e um nó formar-se na garganta. A saudade se impunha, pesada, doída, dificultando até a respiração. Com lágrimas contidas nos olhos, inclinou-se e beijou o rosto da filha, fazendo o sinal da cruz sobre ela enquanto murmurava uma prece.
:_  Minha filha, te amo... Sei que Nossa Senhora vai cuidar de ti — sussurrou, com a voz embargada.
Em seguida, retirou do pulso um terço de pérolas — seu objeto de fé mais querido — e o colocou com cuidado ao lado da cama de Helena. Deixava ali não apenas um terço, mas uma parte de si, como proteção e símbolo de amor.


Enquanto isso, Tadeu estava na sala, despedindo-se do pai. Entre sorrisos e uma conversa animada, reforçava o convite:
:_ Pai, vá nos visitar. A fazenda sente a sua falta — disse, batendo levemente no ombro do velho Clóvis. 
Depois, abraçou Assunção com carinho, apesar da relação fria entre a sogra e sua esposa. Tadeu reconhecia que, apesar de tudo, ela sempre fora uma mãe presente e, a seu modo, o amava.
:_ e você mãe... a fazenda é a nosso lar e sempre foi , não precisa ter tanto rancor de um lugar que sempre fomos felizes 
Assunção não respondeu. Seu semblante endurecido deixava claro que seus sentimentos em relação à fazenda continuavam imutáveis. Fingir nunca fora seu forte. 
Amália, já com os olhos marejados, aproximou-se do marido. Tocou seu braço com carinho e, sem conseguir conter-se, caiu em seu abraço reconfortante. 
:_ já estou pronta , meu amor
:_ então vamos, nosso carro já está ali fora nos esperando
:_ obrigada pela estadia seu Clóvis 
:_ vocês são sempre bem vindos em nosso lar.




Vera havia passado a noite em casa, mas não acordou em seu melhor humor. Levantou-se ainda com o pijama de cetim amassado e o rosto manchado de maquiagem — vestígios da noite anterior. A máscara de cílios havia escorrido até as bochechas, e as marcas no travesseiro denunciavam que ela havia chorado, provavelmente após beber um pouco demais. , visivelmente preocupado com o estado da mãe, que vinha se deteriorando desde a separação com Renato, preparou uma xícara de café forte. Aproximou-se dela com cuidado, depositando a xícara sobre a mesa, diante dela, com um gesto gentil. 
:_ que bom que está em casa, toma esse café você está precisando
Vera segurou a xícara com as mãos trêmulas, suspirando profundamente.
:_ não vou hoje pela manhã para a empresa... e talvez nem à tarde também 
Leonardo se sentou à frente dela, tentando manter a paciência.
:_ nessas condições você nem pode ir ,Mas estamos em um projeto importante, mãe. Você não deveria se ausentar assim. 
:_ amanhã eu vou sem falta, eu preciso dar uma passada no salão e também organizar algumas coisas , é para o meu bem
:_ fico mais aliviado em ouvir isso, vai te fazer bem. estava conversando com a Pilar, o que acha de uma viagem ? assim que firmamos sociedade você poderia ir a praia, um cruzeiro ou até mesmo viajar nesse carnaval vai te fazer bem
:_ minha nora sugeriu isso ? ela é muito atenciosa mesmo e uma querida. é a mulher ideal para você meu filho, você não poderia encontrar uma namorada melhor 
:_ Pois é, mãe... mas agora, o ideal é cuidarmos de você. Não podemos deixar que essa desilusão amorosa te faça mais mal. E saiba que Pilar e eu estaremos sempre aqui, te apoiando. 

Helena despertou no mesmo horário de sempre. Abriu os olhos lentamente, ainda sem saber ao certo que horas eram. Virou-se de lado e, ao mirar a mesinha de cabeceira, notou um terço de pulso de pérolas repousando ali. Um sorriso genuíno floresceu em seus lábios enquanto ela pegava o objeto delicadamente com a mão.  Segurando o terço, Helena sentiu o calor do gesto materno. Com o coração aquecido, esticou o braço e pegou o celular. Como de costume, havia mensagens de Otávio e de Maitê. Abriu primeiro a do namorado. Assim que ouviu a voz dele numa mensagem de áudio, aquela saudade apertou seu peito de maneira doce e dolorosa. Beijou a aliança de compromisso e o aparador lilás que Otávio havia lhe presenteado, como se aquele gesto pudesse encurtar a distância entre eles. Em seguida, respondeu a mensagem, a voz ainda rouca pela manhã e pelo ar-condicionado do quarto — a rouquidão, sem querer, conferia-lhe um charme ainda mais irresistível. Logo depois, abriu a mensagem de Maitê. Era um hábito entre elas trocarem mensagens todas as manhãs, partilhando as primeiras palavras do dia. Helena sorriu, sentindo o carinho da amiga, e combinou de buscá-la para tomarem café da manhã juntas antes de irem para o trabalho. Levantou-se devagar, calçando seu par de Havaianas, e caminhou sonolenta até o guarda-roupa. Abriu as portas e começou a vasculhar entre as roupas, pensando no que vestiria. Era mais uma segunda-feira, início de uma semana que ainda guardava muitas surpresas à sua espera. 

Catarina recebeu a mensagem de Helena no celular. Sentada em frente ao espelho, enquanto finalizava o cabelo com movimentos automáticos, ergueu uma sobrancelha e fez uma careta de desdém. Sem se preocupar em esconder seus sentimentos, murmurou para si mesma, a voz carregada de sarcasmo
:_  Eu mal podia esperar para você voltar, amiguinha...  Quase nem senti sua falta. Por mim, não voltaria nunca. 
Balançou a cabeça, rindo sozinha, como se zombasse da ingenuidade da amiga. Passou a escova com mais força nos fios lisos e continuou, num tom mais venenoso
:_  Que pena que eu preciso de você nesse momento... Mas logo, logo, isso vai ser passado.
Seus olhos brilharam com um misto de raiva e frustração. Observou-se no espelho, ajeitando uma mecha rebelde, e sussurrou, com um sorriso torto e cheio de veneno
:_  Sua sorte... sua sorte é que o Nando é rico... porque, se fosse pelo seu namorado... ah, Otávio é um gato! 
A expressão de Catarina endureceu. O olhar, antes zombeteiro, tornou-se sombrio, carregado de uma inveja que ela mal se dava conta de tentar disfarçar.



Nenhum comentário:

Postar um comentário